Monday, September 20, 2004

"Deixa-me " disseste tu ?
Sim ouviste bem. Deixa-me. Desculpa se não fazia parte dos teus planos. Se não era o que tu esperavas. Se não me encaixo nessa tua ignomínia de semelhanças hierárquicas e temporais.
Não gosto do vosso mundo. Deste mundo de discurso intrincados em reviravoltas pseudo democráticas. Perdoem-me se vos quero matar, se vos quero ver mortos e enterrados nessas vossas palavras de cinismo abrupto. Que vos fiquem a impedir a circulação sanguínea, para que possam explodir corações. Se é que os têm.
Desculpem se nao me encaixo nos vossos perfis de pessoa, de social, de esquemas múltiplos e vazios. Estou farta dos vossos testes, estou farta da vossa arrogância, estou farta do sistema. Ao diabo com esse "sistema". Ao diabo com quem o apoia e o faz girar. Morram. Deixem-nos o mundo para o fazermos.

A minha réstia de rebeldia de juventude? Não. Não, decerto.
Mexam-se. Gritem. Façam algo. Agora, sem mais demora.

Wednesday, September 08, 2004

Hoje.

Saiste daqui hoje, cabisbaixa e ciente da tua fraqueza. Não conseguiste descobrir a tua força, no meio dessa confusão que girou em torno de pequenos nadas. Viste a tua vida a mudar. Viste o presente tornar-se passado e a dor tomou conta de ti. Temo que não consigas erguer-te, mas tenho fé. Aquela fé que sempre me perseguiu desde que te vi nascer. Foram derramadas tantas lágrimas para vires a este mundo, que cheguei a pensar que que afogarias prematuramente. E agora temo as lágrimas secas que ficaram por derramar.